Todos nós temos uma história de vida que é ímpar, com experiências e aprendizados particulares. Logo, somos pessoas únicas, dotadas de subjetividade. Ou seja, temos um modo singular de como percebemos e vivemos os aspectos do nosso cotidiano.
Partindo deste contexto, fazer comparações de quem somos com outras pessoas é algo um tanto quanto injusto, tendo em vista que cada um teve suas vivências, fazer comparações é algo inviável, pois nunca seremos iguais. Crescemos envoltos por uma sociedade que nos conduz a um padrão, um padrão de pessoa, de preferência bem-sucedida (seja lá o que isso quer dizer), com o corpo perfeito, e etc.
As redes sociais colaboraram para esse movimento de comparação. Mas ao fazer isso, podemos nos sentir inferiores e diminuídos, pois imaginamos que “a grama do vizinho é sempre mais verde”. Esse sentimento de sentir-se inferior é algo que impacta diretamente na nossa autoestima e nas nossas relações, bem como, em nossos desempenhos sociais, profissionais, entre outras áreas.
• Como identificar?
Podemos identificar quando fazemos comparações excessivas com os outros, quando duvidamos do nosso potencial ou quando exigimos muito de nós mesmos, de modo que qualquer coisa que fazemos deve estar perfeita, neste caso, errar não é uma opção.
• Como trabalhar isso?
Ao perceber esses pensamentos e sentimentos, é importante fazer uma reflexão do que nos faz acreditar que não podemos errar e o que o outro diz ou faz tem mais valor. O processo terapêutico pode auxiliar muito neste caminho, proporcionando um espaço de escuta onde podemos compreender e elaborar novas formas de percepção, influenciando diretamente na forma como nos relacionamos conosco e com as demais pessoas. Isso se trata de um processo, sem respostas prontas, e sim, possibilidades de dar sentido para isso que parece ser tão complexo quando olhamos sozinhos.
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Texto: Amanda Linhares Soares (CRP 12/20896) - Psicóloga do Projeto Mente Tática do SINPOL-SC para a campanha de Janeiro Branco de Saúde Mental. @psi.amandalinhares
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